segunda-feira, 7 de maio de 2012

also lost the feeling

As palavras gastaram-se por entre mágoa que o meu coração transportava todos os dias depois de te ter ouvido dizer aquelas coisas, tentei confortar-me no meu pensamento, e até lá acho que todas as conquistas foram inúteis, nada do que fizesse, seria para eu poder mudar aquilo que já estava escrito no quadro branco a letras pretas. Via a dor a percorrer-me o olhar, e sentia a cada instante uma lágrima a querer-me consumir e eu fazia toda a força ara que ela não cai-se. Gritava bem alto por entre a música que ecoava nos meus ouvidos, e que saía da minha boca, não conseguia mais, diria eu naquele momento estranho, de mágoa e quase a entrar no esquecimento. Pedido o catingo de outra faixa, o meu coração desfez-se em lágrimas, e em dor, não conseguia mais aguentar sozinha para dentro o que sentia, as palavras sabiam a amargo e o coração congelado persistia em passar duro e forte por entre a multidão, acenando aqueles que queriam assistir à minha queda. Respirei fundo, e ainda hoje respiro fundo as vezes que forem precisas, apenas para não ouvir o grito ensurdecedor da minha alma que grita por ti. Fiquei magoada e triste, mas mesmo assim deixei-me ficar, aqui, para ti, o tempo que for preciso, até lá grito, e respiro fundo as vezes que forem precisas, até que tu dispas essa pele e vistas aquela que eu conheci. 

1 comentário:

Raquel Pires disse...

Olha pode ser injusto para alguém que escreve como tu ou para alguém que já te leu tanto como eu e sempre disse que adorou, mas este, foi para mim, o teu melhor texto. Ou porque me tocou demais, ou pela maneira como está escrito. Está curto mas de uma qualidade e sentimento incrível. Amei, a minha alma amou. A minha alma que está como a tua, se existir.
Força Mel, tanta força que desejo para nós. Um beijinho enorme