quinta-feira, 2 de junho de 2011

CORAGEM E FORÇA!

Amor.
Gostaria de não te estar a escrever esta carta por estes motivos, a verdade é que tu sabes que eu nunca fui muito boa em relação aos sentimentos, e também sabes que quando tenho algo a dizer digo na hora por mais que goste das pessoas. Não quero que penses que passado estes meses todos eu já te esqueci, e que já te arranquei do meu coração, a verdade não é essa, a verdade é sim que tu ainda continuas lá dentro, do coração e da cabeça, e todos os dias me lembro de ti como se ainda vivesses a meu lado. Lembro-me como se fosse hoje a primeira vez que falamos e como nos conhecemos, lembro-me de todos os nossos momentos e por vezes conversas, às vezes sorrio, e quando me sinto ma por saber que já não estás aqui, penso em todas as palavras bonitas que me dizias ao ouvido. A vida tem disto, tristezas, desilusões, choro, sorrisos, eu já vivi tudo isso contigo, e gostava de viver ainda mais se o nosso amor não tivesse sido tão frio e insensível, amor esse que se foi desgastando com o tempo a pouco e pouco por atitudes e palavras. Já não posso fazer nada para te ter de volta, já não posso dizer mais nada a não ser chega, a verdade é que não queria que isto acaba-se, mas acabou e eu terei de aceitar isso mesmo, porque temos de aceitar sempre o que a vida nos tira, e dá. Tu ensinaste-me o verdadeiro sentido da palavra gostar, ensinaste-me como tratar uma pessoa que gosto e como fazer dela uma pessoa melhor e feliz. Não vou dizer que te amo porque o verbo amar já está muito usado e continua a ser uma das palavras que as pessoas dizem por mero acaso. Sei que errei, assim como tu erraste, nós erramos neste sentimento complexo e obscuro. Não queria despedir-me de ti, e muito menos assim, mas não aguento, não aguento mais sofrer por ti, não aguento passar mais os meus dias a pensar em ti e a pensar que senão tivesse sido assim como seria, não posso pensar sempre no se que pode vir depois, é verdade. Podes-me chamar fraca, o que tu quiseres por eu desistir do nosso amor, mas também sabes que nunca conseguimos criar bem um, a nossa história teve um fim tão rápido que nem sequer deu para ver-mos qual era o futuro. Não estou a desistir de nada, muito menos de nós, apenas não tenho mais força para lutar por uma coisa que não existe. Depois de leres isto e quiseres falar sabes onde me encontrar, eu ainda aqui estou e continuo à tua espera todos os dias, mas a minha espera já vai longa e se não voltaste é porque já não voltas. A partir daqui todas as palavras serão inúteis, por isso vou permanecer quieta e calada, até ao nosso reencontro, porque eu ainda acredito que possa haver um. Um grande beijinho, gosto muito de ti.

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