quinta-feira, 17 de novembro de 2011

no principio era o verbo

Não sei bem por onde começar, mas sempre me disseram para começar por o principio e é mesmo isso que vai acontecer. Quero que te lembres quando nos vimos pela primeira vez, lembro-me como se fosse hoje, foi num torneio da escola e eu estava sentada sozinha, naquele dia não estava bem, quando te vi, despertou-me o interesse sobre ti, foi estranho, nunca me tinha acontecido algo assim, passado algum tempo tu procuraste-me, no dia dos teus anos recebeste uma mensagem minha a desejar-te um bom aniversário. Passou algumas semanas que não falamos nunca mais desde desse dia, mas eu todos os dias esperava que tu me dissesses algo, eu não queria tomar essa iniciativa, porque sabia que mais tarde ou mais cedo irias procurar-me de novo, e assim foi passado umas semanas bem longas, tu falaste para mim de novo, a combinar um café, ao principio hesitei, mas depois de um bom tempo de conversa não consegui dizer mais que não e acabei por aceitar. Num domingo à noite tu mandas-te uma mensagem a dizer que me apanhavas em casa, e se tu soubesses o quanto eu estava nervosa nesse dia, sei que estávamos os dois, isso não deu para esconder, conversamos muito e demos-nos bem, até que surgiu o primeiro beijo, e o meu coração começou a palpitar até quase que me faltava a respiração, eu tremi da cabeça aos pés. A partir daí falamos todos os dias, e tu praticamente todos os dias me vinhas visitar, e por vezes quando vinhas do trabalho vinhas-me apenas dar um beijo e ias-te embora. Espero que consigas lembrar-te disto como eu. Passado alguns meses, eu comecei a tornar-me complicada e exigente demais para contigo, não compreendo a parte que tu trabalhavas e que era cansativo para ti, vires todos os dias ter comigo, tu tentas-me fazer compreender e eu não aceitei, e comecei a ser agressiva, e diferente para ti, mas foi porque o medo me invadiu tanto que me deixou sem saída, eu não me queria apaixonar, e pensei que isso não fosse acontecer e que ficar sem ti, não iria fazer qualquer diferença na minha vida. A verdade é que passado várias semanas, eu comecei a sentir a tua falta, a falta das tuas palavras, dos teus beijos, das tuas caricias, e até mesmo das tuas brincadeiras. Sei que comecei a tornar as coisas monótonas demais, comecei a tornar a nossa relação como uma rotina, tudo igual, sempre tudo o mesmo, e é certo que isso te fazia fartar. Mas mesmo assim nunca perdemos o contacto, se eu não te procurava, procuravas-me tu a mim, e hoje passado oito meses continua a ser igual, continua a ser assim. E a saudade de te ter só para mim persiste todos os dias, persiste a qualquer hora, e quando penso em recomeçar a minha vida não consigo, porque tu não és mais um, és único e eu não te posso deixar para trás, nem quero, o meu coração rejeita todo o amor que se tenta aproximar de mim, a não ser o teu. Não percebo porque depois de ter passado tanto tempo ainda continuamos a falar e a encontrar-mos sempre que eu posso e que tu podes, não percebo no que isto se está a tornar, mas também não sei que te dizer, se afinal acho que já te disse tudo. Quando eu digo que gosto verdadeiramente de ti, tu foges do assunto, ou então tentas sempre ver se o sentimento é verdadeiro, percebo a tua parte, mas senão gostasse realmente de ti passado este tempo todo eu já teria partido para outra, eu já nem sequer teria o teu número, já nem sequer atenderia as tuas chamadas e muito menos respondia às tuas mensagens. Eu não te peço que voltes, apenas peço que penses bem naquilo que queres, e nas atitudes que tens comigo, nas coisas que por vezes fazes que é apenas para me provocares, sabendo tu que isso me pode magoar. Só que quero dizer que foste a única pessoa para quem olhei pela primeira vez e me chamou à atenção, quero que penses no que éramos antes de tudo isto acontecer. Mas por favor, quebra o silêncio e vem para mim, ou então parte e nunca mais ouses tocar no meu nome, ou falar para mim, fecha a porta do teu coração e eu farei o mesmo com o meu, mas ao menos dá-me um sinal para eu que possa fazer algo à minha vida, a dor corroí-me por dentro e às vezes não sei sequer como lidar com ela. Desculpa, sei que também agi ma contigo muitas vezes, mais do que tu provavelmente, mas já sofri as consequências. Não me deixes partir. Eu vou deixar-te pensar, e agora vou embora porque não aguento mais estar aqui sem sequer te poder tocar, quando tiveres uma resposta procura-me, eu gosto de ti, e estarei à tua espera, onde sempre estive, não te esqueças disso. 
E é tudo isto que te quero dizer, e quando vou para falar as palavras não saem, e o orgulho engole-me tudo.

1 comentário:

Paulinha disse...

força ai querida.
beijinho <3